Consultorio de Especialidades
Dr. Angelo Moreira
+55 (16) 3041.0509
dragelopsi@hotmail.com
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Poucas contribuições à cultura e ao conhecimento universal influenciaram tanto o pensamento contemporâneo como a psicanálise. Idealizada por um, na época, jovem médico vienense, permeou nossa cultura em geral e não ficou só nos meios acadêmicos mas também popularizou-se. Quando não entendemos alguma coisa, quando duvidamos de alguma afirmação, se o que se afirma não fica claro ou desperta dúvidas, não é infreqüente ouvir: "Bom... Freud explica" . É um "Freud" permanente, atual, um mestre que está aí, a mão, que poderia resolver, ou esclarecer o que agora não entendemos, o que por enquanto fica sem se poder entender mas que certamente deve ter alguma justificação ou razão.
A biografia de Freud, sua vida como ser humano, poderia resumir-se em, talvez, uma ou duas páginas. De família pobre, formou-se médico em Viena, trabalhou para se sustentar modestamente, casou e formou um lar típico daqueles tempos, tentou a vida acadêmica - que foi difícil e ingrata, tanto como hoje -, estudioso e questionador foi mais um homem de laboratório neurológico (fez alguns aportes significativos à neurologia) e praticou medicina e neurologia até que uma bolsa o leva ao grande mestre Charcot, o que irrita seus mestres austríacos, e que porém muda sua vida. Teve alguns bons amigos, um lar simples e amoroso, e na medida que vai adquirindo destaque vai também conquistando inimigos. Persistente e teimoso, continua estudando no hospital e na sua clínica e, infatigável pesquisador, procura entender mais e mais o ser humano e seus conflitos. Consegue ter fiéis discípulos que logo, logo, viram colaboradores (alguns acham suas idéias ousadas demais e se afastam, levando consigo boa parte do estudado com ele) e ele próprio, bem mais tarde , chega a admitir que chegou a descobrir "uma nova ciência: a psicanálise". Educado na disciplina científica, foi sempre profunda e sinceramente honesto. Corrigia o que verificava eram seus erros e, quando o editor de suas obras sugiriu suprimir trabalhos que ele próprio já tinha abandonado, não admitiu essa ocultação porque queria transmitir, fielmente, como errou, por quê e como chegou a reformular idéias já perimidas em sua própria teoria.